A estreia do filme, protagonizado por Jared Leto, marca um novo esforço da Disney para revitalizar a icónica franquia. Realizado por Joachim Rønning, "Tron: Ares" envia um programa de IA sofisticado, Ares (Jared Leto), do mundo digital para o mundo real, marcando o primeiro encontro da humanidade com tais seres.

A narrativa explora a rebelião da criação contra o seu criador, uma temática comparada à de "Frankenstein" de Mary Shelley, e insere-se numa tendência recente de Hollywood de criar empatia pela máquina.

Esta abordagem tem gerado críticas, com alguns analistas a sugerirem que a indústria cinematográfica está a usar a nostalgia para promover uma agenda favorável à inteligência artificial, uma ideia resumida pela expressão "vender-se ao sintático". A receção ao filme tem sido dividida; enquanto alguns o consideram uma obra "competente e inofensiva" que serve essencialmente como uma "enorme ilustração para a música dos Nine Inch Nails", outros criticam-no como um "blockbuster sem grandes invenções no foro narrativo" e com CGI "domesticado".

O legado da franquia, que sempre procurou estar na vanguarda tecnológica, é questionado, evocando a citação de Oscar Wilde de que "nada é mais perigoso do que ser demasiado moderno", pois corre-se o risco de ficar rapidamente datado. O elenco conta ainda com nomes como Greta Lee, Evan Peters e o regresso de Jeff Bridges, mas é a figura de Leto e o tema central da IA que dominam a discussão em torno deste novo capítulo.