A obra é descrita como um 'western' palestiniano que mistura humor negro, sátira e tragédia para retratar a vida sob o bloqueio na Faixa de Gaza. A história, que se desenrola em 2007, acompanha Yahya, um estudante ingénuo, e Osama, um pequeno vendedor de falafel que esconde droga na comida para sobreviver.

Os realizadores, nascidos em Gaza em 1988, recusam uma abordagem puramente documental do sofrimento, preferindo expor o quotidiano com ironia e afeto.

O filme utiliza o absurdo para comentar a precariedade da vida num território sitiado, onde até as tarefas mais simples se podem tornar aventuras épicas.

A crítica elogia a obra pela sua coragem e originalidade, destacando-a como um testemunho histórico que transcende o panfleto político.

A produção contou com uma rede de apoios internacionais, incluindo a participação portuguesa através da Ukbar Filmes e da RTP, confirmando o cinema palestiniano como uma das linguagens mais vibrantes da atualidade.

O título evoca os clássicos de Sergio Leone, mas serve também como um epitáfio para uma realidade marcada pela perda, onde o riso se torna um ato de resistência.