A obra mergulha nos dilemas éticos e profissionais de uma professora universitária confrontada com uma acusação de agressão sexual no seu círculo académico. A trama centra-se em Alma Olsson (Roberts), uma professora de Filosofia em Yale, cuja vida é abalada quando uma aluna, Maggie (Edebiri), acusa o seu orientador de tese, Hank Gibson (Garfield), de má conduta.

O filme coloca o espectador no epicentro de uma crise moral, explorando temas como poder, privilégio e a cultura do cancelamento no meio académico.

Guadagnino, juntamente com a argumentista Nora Garrett, cria uma atmosfera de tensão onde a justiça e a lealdade pessoal colidem, sem oferecer respostas fáceis ou julgamentos definitivos.

A crítica destaca a performance de Julia Roberts, que retrata a desintegração da sua personagem de forma convincente, bem como a atuação de Michael Stuhlbarg no papel do seu marido.

O filme é descrito como uma obra que “não é óbvia” e que “demora a digerir”, exigindo reflexão por parte do público sobre as complexidades da sociedade atual.

Guadagnino utiliza a música de forma eficaz para acentuar a tensão e comentar as diferenças geracionais, criando um retrato complexo e provocador.