A narrativa acompanha Lucie (Huppert), uma polícia perto da reforma que, atormentada pela memória do seu falecido marido, também ele agente, vê a sua rotina alterada ao conhecer os seus novos vizinhos, Julia (Hafsia Herzi) e Yann (Nahuel Pérez Biscayart).

A relação complica-se quando Lucie descobre que Yann é um ativista antipolícia com um registo criminal, pertencente a grupos de ação direta conhecidos como "Black Bloc".

Este confronto de mundos serve de premissa para explorar a complexa dialética entre as forças da ordem e a oposição política militante.

A receção crítica ao filme tem sido mista.

Enquanto alguns analistas apreciam a abordagem a temas políticos e morais, outros apontam uma “irreconhecível falta de intensidade” e consideram que Téchiné está “longe da relojoaria narrativa que fazia noutros tempos”. A inclusão de elementos sobrenaturais, como as visitas do fantasma do marido de Lucie, foi também vista como um elemento que não acrescenta profundidade à narrativa principal, que se debate com a dissimulação e a má-consciência.