O filme, que estreou nos cinemas, foca-se na criação do seu álbum de culto "Nebraska", oferecendo um olhar íntimo sobre a sua luta contra a depressão no auge da fama. Realizado por Scott Cooper e baseado no livro de Warren Zanes, o filme mergulha na produção do álbum de 1982, "Nebraska", uma obra que marcou uma viragem na carreira de Springsteen pela sua sonoridade crua e assombrada, gravada num gravador de quatro pistas no seu quarto. A narrativa posiciona-se como um "drama melancólico, íntimo e idiossincrático", que procura desmistificar a figura do "Boss" para revelar o homem por detrás do ícone, atormentado por "fantasmas do seu passado" e traumas de infância. Jeremy Allen White assume o papel principal, um desafio que o próprio ator descreveu como encontrar um "ponto de equilíbrio" ao começar a encarar Springsteen "como um homem e não como um deus".
O elenco conta ainda com Jeremy Strong no papel de Jon Landau, o seu manager e confidente, e Stephen Graham como o pai do músico, figura central nos seus conflitos internos.
Embora a obra seja elogiada pelo compromisso em explorar a saúde mental do artista e pela intensidade das interpretações, algumas críticas apontam que recorre a estereótipos e que as suas falhas narrativas são apenas encobertas pela força das performances.
O filme pretende ser mais do que um mero 'biopic', mas uma reflexão sobre a reconciliação familiar, a depressão e a busca por um propósito artístico em meio à pressão do sucesso global iminente. A abordagem foca-se em como a criação de "Nebraska" foi um exorcismo para os demónios pessoais de Springsteen, tornando-se um dos seus trabalhos mais duradouros e genuínos.














