Com o lema "Semear Resistências, Cultivar Utopias", o evento apresenta uma programação diversificada que aborda temas como a injustiça social, os direitos das mulheres e as crises ambientais.

O festival, que decorre de 28 de outubro a 6 de novembro, apresenta um total de 63 filmes produzidos por 29 países, distribuídos por vários locais emblemáticos de Lisboa, como o Cinema São Jorge, a Cinemateca Portuguesa e o Museu do Aljube.

A programação dá um espaço significativo "à denúncia, à militância e à revolta contra a injustiça social, mas também à vida privada, às emoções e aos afetos".

A sessão de abertura no Museu do Aljube conta com a estreia mundial do documentário português "Mulheres, Terra, Revolução", de Rita Calvário e Cecília Honório, que dá voz às protagonistas silenciosas da mudança no final do Estado Novo. O filme oficial de abertura, "Where the wind comes from", da tunisina Amel Guellaty, será exibido no Cinema São Jorge.

A seleção deste ano aborda uma vasta gama de temas urgentes, incluindo questões ambientais, violência de género, a ocupação israelita da Palestina, migrações forçadas, racismo e colonialismo.

Um dos destaques é a mostra na Cinemateca dedicada às cineastas Jasmila Žbanić (Bósnia) e Mirjana Karanović (Sérvia), cujos filmes se centram na violência da Guerra Civil Jugoslava e nas suas consequências.

O festival reafirma assim a sua missão de dar visibilidade a vozes femininas e a histórias que refletem as complexidades do mundo contemporâneo.