A sua morte reacende o debate sobre os perigos da fama infantil e da exploração na indústria cinematográfica, temas explorados no recente documentário sobre a sua vida conturbada.
Andrésen tornou-se uma estrela internacional aos 15 anos com o papel de Tadzio no filme "Morte em Veneza" (1971).
O epíteto dado por Visconti perseguiu-o durante toda a vida, tornando-se uma "maldição" que, segundo o próprio, "deu cabo da minha vida".
A sua história é um trágico exemplo dos perigos da fama precoce e da sexualização de menores em Hollywood.
Em entrevistas e no documentário de 2021, "O Rapaz Mais Bonito do Mundo", Andrésen relatou episódios de exploração, como quando foi levado por Visconti, com apenas 16 anos, para um clube gay, onde se sentiu objetificado. "Olhavam para mim como se eu fosse um delicioso prato de carne", confessou.
A sua vida após o sucesso foi marcada por depressão, alcoolismo e tragédias pessoais, incluindo a morte de um filho.
Apesar de ter continuado a trabalhar como ator, com uma participação recente no aclamado filme de terror "Midsommar" (2019), nunca se libertou da sombra de Tadzio. A notícia da sua morte, avançada pelo realizador do documentário, Kristian Petri, serve como um poderoso lembrete do lado sombrio da indústria do entretenimento e do impacto duradouro que pode ter na vida de jovens talentos.














