A obra propõe uma reflexão crítica sobre o neocolonialismo, a identidade europeia e a representação do Sul Global, tendo a Guiné-Bissau como pano de fundo.
Com uma duração de mais de três horas, o filme é descrito como um "documentário da ficção" e acompanha Sérgio, um engenheiro ambiental português que se envolve numa relação intensa com dois habitantes locais, Diara e Gui.
A abordagem de Pinho é elogiada por oferecer um olhar "político, humano e otimista sobre a Guiné-Bissau", desafiando as narrativas convencionais.
O sucesso internacional da obra é notável, tendo valido à atriz Cleo Diára um prémio de representação na secção "Un Certain Regard" do Festival de Cannes e conquistado o prémio principal na secção "Ponto de Encontro" do Festival de Valladolid. Esta coprodução entre Portugal, França, Brasil e Roménia afirma-se como um "filme-acontecimento", uma obra imensa que, segundo a crítica, "está sempre a crescer", consolidando a sua importância no panorama do cinema de autor contemporâneo.













