A narrativa, descrita como desenrolando-se quase como uma peça de teatro, explora a dualidade entre "Castigar ou perdoar?".

Panahi, que já esteve preso em Teerão, utiliza as histórias de outros presidiários para revelar "as trevas e dilemas existenciais de um país a viver à sombra de um regime brutal". O seu estilo característico, com personagens a deambular de carro pelo trânsito de Teerão, reflete o estado de confusão e conflito interno.

Um dos analistas estabelece um paralelo com a peça "Death and the Maiden" de Ariel Dorfman, que aborda um tema semelhante no contexto da ditadura chilena.

O cinema de Panahi é elogiado por, a partir do microcosmos da sociedade iraniana, abrir portas para temas universais.

O próprio realizador afirma em entrevistas que não se consegue imaginar a criar filmes que não abordem a sua sociedade, declarando: "Quero fazer um filme que possa ser visto, depois deste regime".