Inspirado nos incêndios de 2017 em Pedrógão Grande, o filme oferece uma reflexão profunda sobre o trauma, a perda e a resiliência das vidas afetadas pela tragédia.
"Justa" foca-se nas consequências humanas do desastre, optando por manter o fogo fora do plano para se concentrar na "dor que veio depois".
A narrativa segue a personagem principal, interpretada pela atriz brasileira Betty Faria, uma mulher cega que, metaforicamente, "viu o inferno" e agora navega um mundo transformado pela perda.
O filme é descrito como "cinema português em combustão", uma obra que explora como o trauma se inscreve na paisagem e na memória coletiva, abordando "vidas que nunca mais serão as mesmas". Teresa Villaverde, conhecida por filmes como "Os Mutantes" e "Colo", utiliza a sua assinatura cinematográfica para criar um retrato sensível e poderoso da sobrevivência e da forma como se reconstrói a vida após uma catástrofe que marcou profundamente o país.
A obra tem sido objeto de análise e discussão, posicionando-se como um dos lançamentos nacionais mais importantes do ano, não só pela sua qualidade artística, mas também pela sua pertinência social e histórica ao abordar uma ferida recente na memória portuguesa.














