A obra é descrita como um lembrete suave e caloroso sobre a chegada aos 60 anos, não como um fim, mas como uma oportunidade para um novo começo.

A narrativa foca-se em Jay Kelly (Clooney), um ator de 64 anos que confronta os seus remorsos e falhanços passados.

O filme explora temas como o envelhecimento, a nostalgia e as relações familiares, especialmente a ligação entre pai e filha, que é retratada como uma “reconciliação possível”, longe de sentimentalismos fáceis.

A abordagem de Baumbach é elogiada pela sua “doçura desarmada” e “ternura discreta”, conseguindo evitar o “kitsch sentimental”.

A performance de Clooney é um dos pontos altos, resgatando o filme de momentos mais existenciais com “um olhar, um gesto, uma ironia à flor da pele”.

Numa entrevista a propósito do filme, o ator reflete sobre a temática, afirmando: “Tive falhanços, mas não faz mal.

Importante é não viver com remorsos”. O filme parece dialogar tanto com a persona pública de Clooney como com as inseguranças do espectador comum, abordando “o medo de não ter sido o suficiente, sobre os amigos que perdemos, sobre as carreiras que imaginamos e as vidas que afinal vivemos”. O elenco conta também com Adam Sandler e Laura Dern, enriquecendo esta produção que, embora talvez menos complexa que outras obras de Baumbach, se destaca por ser uma das mais calorosas.