A estreia nos cinemas portugueses gerou considerável atenção, destacando a versatilidade da atriz e a proposta de um enredo que cruza psicanálise com investigação amadora. Nesta obra, Foster interpreta Lilian Steiner, uma psiquiatra que, após a morte de uma paciente, se convence de que o aparente suicídio foi, na verdade, um homicídio.

Esta convicção leva-a a iniciar uma investigação por conta própria, transformando-se numa detetive amadora.

A crítica destacou positivamente a sua performance, com publicações como o “The Hollywood Reporter” a sublinharem que “é um prazer ver a Jodie Foster soltar-se e divertir-se com um papel”, enquanto o “IndieWire” considera esta “uma das suas melhores prestações”.

A própria atriz, em entrevista, reflete sobre a sua maturidade artística, afirmando: “Agora nos 60 posso redescobrir-me como atriz”.

O filme cruza géneros de forma fluida, combinando o suspense de uma investigação criminal com um tom de comédia e drama, uma abordagem que cativou a crítica. A capacidade de Foster de atuar fluentemente em francês confere uma autenticidade adicional à sua personagem e reforça a sua ligação de longa data com o cinema europeu. A narrativa explora não só o mistério central, mas também as complexidades da mente humana, alinhando-se com o papel da protagonista enquanto psicanalista e oferecendo uma camada adicional de profundidade à história.