A estreia de "Avatar: Fogo e Cinzas", o terceiro capítulo da saga de James Cameron, representa um dos maiores eventos cinematográficos do ano, gerando elevadas expectativas comerciais e um debate sobre o futuro do cinema de grande espetáculo. O filme aprofunda o universo de Pandora com um tom mais sombrio e politicamente atual, sendo visto simultaneamente como um potencial salvador das salas de cinema e um teste aos limites do modelo de blockbuster. Com um orçamento que, segundo as fontes, se situa entre os 340 e os 400 milhões de euros, a produção posiciona-se como uma das mais caras de sempre, refletindo a aposta contínua de Cameron na inovação tecnológica, nomeadamente no 3D e IMAX, para criar uma experiência imersiva. A narrativa avança após os eventos de "O Caminho da Água", focando-se no luto da família de Jake Sully e Neytiri pela morte do filho Neteyam.
Este luto serve de motor para a história, que o próprio realizador descreve como sendo sobre "perda, trauma e sobre como seguir em frente".
O filme introduz um novo clã Na'vi, o Povo das Cinzas, um grupo vulcânico e agressivo liderado por Varang (Oona Chaplin), que se alia aos humanos, adicionando uma camada de conflito interno e complexidade moral à saga.
Temas como a crise dos refugiados, a destruição ambiental e a perda de fé são centrais, tornando-o no capítulo mais sombrio e politicamente ressonante até à data.
A receção crítica tem sido mista, com o filme a registar uma aprovação de 69% no Rotten Tomatoes, onde alguns críticos elogiam o espetáculo visual "tecnicamente irrepreensível", enquanto outros apontam um certo cansaço na fórmula e uma narrativa que, por vezes, se perde no seu próprio gigantismo.