O anúncio de Emmanuel Macron, feito através das redes sociais e de uma carta ao Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, especifica que o reconhecimento formal ocorrerá na Assembleia Geral das Nações Unidas. Macron enquadrou a decisão como um compromisso com uma "paz justa e duradoura", ligando-a à necessidade de um cessar-fogo imediato, à libertação de todos os reféns e a uma ajuda humanitária maciça a Gaza. A posição francesa inclui ainda a desmilitarização do Hamas e o pleno reconhecimento de Israel. A iniciativa foi celebrada pelo Hamas, que a considerou "um passo positivo na direção certa", e pela Autoridade Palestiniana. Contudo, suscitou uma condenação rápida e severa por parte de Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que a decisão "recompensa o terror e corre o risco de criar mais um satélite iraniano", enquanto o Presidente Isaac Herzog afirmou que esta não promoverá a paz nem ajudará a libertar os reféns. Os Estados Unidos também manifestaram a sua oposição, com o secretário de Estado, Marco Rubio, a classificar o plano como "irresponsável" e ao serviço da "propaganda do Hamas". O Reino Unido e a Alemanha declararam igualmente que, por agora, não reconhecerão a Palestina, dando prioridade à crise humanitária. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, notou que Portugal permanece "aberto" ao reconhecimento, mas tomará a sua própria decisão soberana, tendo em conta a próxima conferência internacional sobre a solução de dois Estados.
