A visão de uma Gaza transformada em destino turístico, com complexos hoteleiros, zonas industriais e agrícolas, foi discutida numa reunião no Knesset. O plano é apoiado por figuras da extrema-direita israelita, como o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, que em agosto de 2024 afirmou que "matar dois milhões de palestinianos à fome poderia ser justificado e moral". A proposta alinha-se com um vídeo gerado por inteligência artificial, promovido por Trump em fevereiro, que mostrava o presidente dos EUA e Netanyahu de férias numa Gaza reconstruída. David Mencer, porta-voz do gabinete de Netanyahu, confirmou a existência do plano, sublinhando que a realocação da população palestiniana seria "voluntária". "As pessoas que queiram sair, voluntariamente — sublinho, voluntariamente —, devem poder fazê-lo. Já há países que manifestaram interesse em receber gazenses que queiram fugir ao conflito", afirmou Mencer. Esta proposta surge num momento em que a população de Gaza enfrenta fome generalizada e a destruição quase total das infraestruturas.
