Em resposta ao anúncio da França sobre o reconhecimento do Estado palestiniano, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, declarou que "a solução de dois Estados continua a ser a única via realista para resolver o conflito". A China apoia a reunião de alto nível na ONU e prometeu continuar a trabalhar com a comunidade internacional para "pôr fim ao conflito em Gaza, aliviar a crise humanitária e avançar para a implementação do enquadramento de dois Estados". Pequim defende uma solução "abrangente, justa e duradoura" para a questão palestiniana. Esta postura é consistente com o seu posicionamento histórico, que favorece o reconhecimento do Estado palestiniano e uma solução diplomática que garanta os direitos de ambas as partes. A posição da China ganha relevância no atual contexto geopolítico, onde se posiciona como uma alternativa à influência ocidental e procura reforçar os seus laços com os países do Sul Global. Durante a cimeira UE-China, Pequim reiterou o seu apoio a "uma solução política" para o conflito na Ucrânia, defendendo o diálogo, mas a sua posição sobre o Médio Oriente demonstra uma clara demarcação em relação aos Estados Unidos.
