O Programa Alimentar Mundial (PAM) denunciou que quase um terço da população de Gaza passa dias sem comer e que 90.000 mulheres e crianças necessitam de tratamento urgente para a desnutrição. O Hospital Amigos do Paciente, no norte de Gaza, registou as primeiras mortes de crianças anteriormente saudáveis por fome, um reflexo da escalada da crise. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação como uma "crise moral que desafia a consciência mundial" e criticou a falta de "humanidade". A UNRWA, agência da ONU para os refugiados palestinianos, tem milhares de toneladas de ajuda à espera de autorização para entrar no enclave, mas Israel proibiu a agência de operar no território. Organizações como a Amnistia Internacional e os Médicos Sem Fronteiras acusam Israel de impor um cerco que condena a população à fome. A situação levou mais de 120 personalidades portuguesas a lançar uma petição exigindo que o governo português reconheça o "genocídio em Gaza" e pressione Israel. O subsecretário-geral da ONU, Jorge Moreira da Silva, atribuiu a fome a uma "falta deliberada de vontade política de Israel", considerando-a uma "violação clara do Direito Internacional humanitário".