A medida, que entrou em vigor no domingo, prevê a interrupção das atividades militares durante 10 horas, entre as 08h00 e as 18h00 (hora de Lisboa), "todos os dias até novo aviso". O exército israelita declarou que esta iniciativa visa "refutar a falsa alegação de fome intencional" e permitir o trânsito de comboios da ONU e de outras organizações humanitárias. A decisão foi apoiada pelo Presidente de Israel, Isaac Herzog, que a descreveu como "uma necessidade moral, operacional, política e de comunicação". A pausa facilitou a entrada de dezenas de camiões com alimentos e suprimentos essenciais provenientes do Egito, através da passagem de Rafah. No entanto, a eficácia e o cumprimento da trégua foram imediatamente postos em causa. Surgiram relatos de um ataque aéreo numa das zonas onde a pausa deveria estar em vigor e de pessoas mortas a tiro enquanto esperavam por ajuda, embora Israel não tenha confirmado estas ocorrências. Comentadores e especialistas questionam se esta medida será suficiente para reverter a catástrofe humanitária, com uma analista a notar que "muitas das vezes que há mais ajuda humanitária, traduz-se em mais mortandade", sugerindo que os locais de distribuição se podem tornar alvos.
