Num comunicado conjunto, os três países europeus instaram o governo israelita a "levantar imediatamente as restrições à entrega de ajuda humanitária" e a respeitar as suas "obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário". A declaração conjunta surge num momento de crescente alarme internacional sobre a fome no enclave. "Chegou o momento de pôr fim à guerra em Gaza", afirmaram as três capitais, reiterando também o apelo à libertação dos reféns e ao desarmamento do Hamas. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou uma "reunião de emergência" com Emmanuel Macron e o chanceler alemão, Friedrich Merz, para coordenar uma resposta urgente. Starmer descreveu o sofrimento em Gaza como "indescritível e indefensável". Esta ação concertada do E3 reflete uma mudança de tom na Europa, que, embora mantendo a sua aliança com Israel, se mostra cada vez mais crítica em relação à condução da guerra. A decisão de Macron de reconhecer o Estado da Palestina é vista como parte desta nova postura mais assertiva, procurando liderar uma resposta europeia unificada que contrabalance a posição dos Estados Unidos e force uma solução política para o conflito.
