Organismos internacionais, como a Classificação Integrada de Fases (IPC), apoiada pela ONU, alertaram que "o pior cenário de fome está atualmente a desenrolar-se na Faixa de Gaza", prevendo "mortes generalizadas" se não houver uma ação imediata e massiva. Os números confirmam a gravidade da situação, com o Ministério da Saúde de Gaza a reportar mais de 140 mortes por desnutrição e fome desde o início do conflito, sendo a maioria crianças. A situação ganhou maior visibilidade internacional quando Donald Trump contradisse publicamente o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que negara a existência de fome no enclave. Trump afirmou que as imagens transmitidas indicam que "há crianças a morrer de fome" e prometeu a criação de "centros de distribuição de alimentos". Em Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, condenou o que se passa em Gaza como "absolutamente inaceitável", denunciando a "instrumentalização da fome que é agora evidente". Em resposta, Israel anunciou "pausas táticas" nos combates e permitiu a entrada de alguma ajuda, mas as organizações humanitárias no terreno, como os Médicos Sem Fronteiras, consideram estas medidas uma "gota no oceano" e os lançamentos aéreos uma "iniciativa inútil" face à magnitude das necessidades.
