O exército israelita anunciou uma "pausa tática" diária de 10 horas nas suas atividades militares em três zonas do enclave, estabelecendo "rotas seguras" para permitir o trânsito de comboios da ONU e de organizações humanitárias. Em coordenação, o Egito enviou dezenas de camiões com cerca de 1300 toneladas de ajuda através da passagem de Kerem Shalom, e a Alemanha anunciou a criação de uma "ponte aérea humanitária" em colaboração com a Jordânia. A Jordânia e os Emirados Árabes Unidos também realizaram lançamentos aéreos conjuntos, entregando dezenas de toneladas de alimentos. No entanto, estas iniciativas são vistas com ceticismo por quem está no terreno. O coordenador de emergências dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Gaza, Jean Guy Vataux, classificou os lançamentos aéreos como uma "iniciativa inútil" e "particularmente ineficaz e perigosa", sublinhando que um camião transporta muito mais provisões e que a solução passa por Israel facilitar a entrada em grande escala de ajuda por via terrestre. A ONU descreveu a ajuda que chega como uma "gota no oceano". A distribuição da ajuda continua a ser extremamente perigosa, com o Hamas a acusar Israel de permitir o saque de camiões e de os lançamentos aéreos ocorrerem em zonas de combate.
