
ONG israelitas acusam o próprio país de cometer genocídio em Gaza
Pela primeira vez, duas proeminentes organizações de direitos humanos israelitas, a B'Tselem e a Médicos pelos Direitos Humanos Israel (PHRI), acusaram formalmente o seu próprio governo de cometer genocídio na Faixa de Gaza. Esta declaração histórica representa uma escalada significativa na crítica interna à condução da guerra por parte de Israel. Numa conferência de imprensa em Jerusalém, as duas ONG apresentaram relatórios que, segundo elas, sustentam a acusação. Yuli Novak, diretora executiva da B'Tselem, afirmou que a realidade "não deixa outra alternativa senão reconhecer a verdade: Israel está a cometer genocídio contra os palestinianos da Faixa de Gaza". Novak descreveu um "longo processo de desumanização dos palestinianos" que levou a sociedade israelita a "apagar a humanidade das pessoas e perder toda a empatia e obrigações morais". O relatório da PHRI analisou as consequências médicas da ofensiva, concluindo que estas cumprem os requisitos para serem consideradas genocídio sob a Convenção de Genebra. A B'Tselem, por sua vez, documentou declarações de políticos e altos responsáveis militares que apelam à destruição da sociedade palestiniana. As organizações alertaram ainda que Israel está a replicar na Cisjordânia o que aprendeu em Gaza, embora em menor escala, existindo o risco de o genocídio se propagar. Esta é a primeira vez que organizações locais israelitas usam esta terminologia, juntando-se a outras entidades internacionais que já o tinham feito, como a África do Sul, que levou o caso ao Tribunal Internacional de Justiça.



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