ONG israelitas acusam o próprio país de cometer genocídio em Gaza
Pela primeira vez, duas proeminentes organizações de direitos humanos israelitas, a B'Tselem e a Médicos pelos Direitos Humanos Israel (PHRI), acusaram formalmente o seu próprio governo de cometer genocídio na Faixa de Gaza. Esta declaração histórica representa uma escalada significativa na crítica interna à condução da guerra por parte de Israel. Numa conferência de imprensa em Jerusalém, as duas ONG apresentaram relatórios que, segundo elas, sustentam a acusação. Yuli Novak, diretora executiva da B'Tselem, afirmou que a realidade "não deixa outra alternativa senão reconhecer a verdade: Israel está a cometer genocídio contra os palestinianos da Faixa de Gaza". Novak descreveu um "longo processo de desumanização dos palestinianos" que levou a sociedade israelita a "apagar a humanidade das pessoas e perder toda a empatia e obrigações morais". O relatório da PHRI analisou as consequências médicas da ofensiva, concluindo que estas cumprem os requisitos para serem consideradas genocídio sob a Convenção de Genebra. A B'Tselem, por sua vez, documentou declarações de políticos e altos responsáveis militares que apelam à destruição da sociedade palestiniana. As organizações alertaram ainda que Israel está a replicar na Cisjordânia o que aprendeu em Gaza, embora em menor escala, existindo o risco de o genocídio se propagar. Esta é a primeira vez que organizações locais israelitas usam esta terminologia, juntando-se a outras entidades internacionais que já o tinham feito, como a África do Sul, que levou o caso ao Tribunal Internacional de Justiça.



Artigos
5
Em Zagreb, na Croácia, uma ideia partilhada no Facebook vai transformar o Natal dos sem-abrigo. Em Bruxelas, na Bélgica, o presépio da Grand Place está a ser alvo de muitas críticas. E, na Alemanha, os animais têm lugar de destaque na lista de presentes. Estes são alguns dos destaques do Repórteres do Mundo.

Em Odessa, a enviada especial da CNN Portugal Carla Rodrigues diz que os ucranianos “não sentem qualquer fé de que vá haver tréguas” brevemente, apontando a questão territorial como o principal bloqueio nas negociações. No terreno, descreve bombardeamentos sobre infraestruturas energéticas e portuárias e uma recuperação parcial após dias de apagões, numa região com cerca de um milhão de habitantes

O especialista em assuntos europeus João Albuquerque verifica contradições na narrativa pública sobre as negociações de paz para a Ucrânia e considera improvável uma aproximação real das partes neste momento

Em Haifa, o correspondente da CNN Portugal Henry Galsky avança que Israel prepara um dossiê para apresentar aos Estados Unidos sobre o Irão






