Agravamento da Crise Humanitária e da Fome em Gaza

A crise é exacerbada pelo bloqueio israelita à ajuda e por ataques a civis que aguardam por alimentos.

A crise humanitária em Gaza aprofunda-se, com a fome a ser utilizada como "arma de guerra", segundo diversas organizações. Um relatório do IPC, apoiado pela ONU, alerta que "o pior cenário de fome está em curso", com 39% da população a passar dias sem comer.

O número de mortos por desnutrição ultrapassou os 150, sendo 88 crianças.

A situação levou mesmo o Presidente dos EUA, Donald Trump, a reconhecer que vê "crianças a morrer de fome" na televisão, contradizendo a negação do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. A distribuição de ajuda é caótica e perigosa; ataques israelitas contra multidões que aguardavam por alimentos resultaram na morte de dezenas de civis.

A comunidade internacional tenta responder através de lançamentos aéreos, embora estes sejam considerados insuficientes e perigosos, com palestinianos a arriscarem a vida no mar para recuperar os pacotes.

A Unicef Portugal alerta que a subnutrição infantil aumentou 180% desde fevereiro.

Em resposta, os Emirados Árabes Unidos estão a construir uma conduta de água a partir do Egito para servir 600 mil pessoas, e a França prepara-se para lançar 40 toneladas de alimentos.

No entanto, o acesso terrestre continua "severamente restrito" por Israel, e as agências da ONU pedem que Gaza seja "inundada" com ajuda para evitar mais mortes.