O Presidente norte-americano condiciona acordos comerciais à política externa dos seus aliados e impõe novas sanções a entidades palestinianas.
O Presidente Donald Trump adotou uma postura multifacetada, combinando preocupações humanitárias com uma diplomacia assertiva.
Reconhecendo publicamente que há "crianças a morrer de fome" em Gaza, enviou o seu emissário especial, Steve Witkoff, a Jerusalém para investigar a situação e decidir como entregar mais ajuda.
No entanto, a sua principal mensagem para o fim do conflito mantém-se: "A forma mais rápida de pôr fim à crise humanitária em Gaza é o Hamas render-se e libertar os reféns".
Simultaneamente, a Casa Branca utiliza a sua influência económica como ferramenta de pressão.
Após o Canadá anunciar a intenção de reconhecer o Estado da Palestina, Trump declarou que seria "muito difícil" fechar um acordo comercial com o país. Esta abordagem estendeu-se à própria Autoridade Palestiniana e à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que foram alvo de novas sanções. O Departamento de Estado norte-americano acusa estas entidades de "continuarem a apoiar o terrorismo, incluindo através da incitação e glorificação da violência", resultando na recusa de vistos aos seus membros.
Esta dualidade, entre a intervenção humanitária e a pressão política e económica, marca a complexa e, por vezes, contraditória, abordagem de Washington ao conflito.