Esta frente unida, embora com diferentes graus de intensidade, sinaliza uma crescente impaciência da Europa com as políticas do governo de Netanyahu.
A Europa tem adotado uma postura cada vez mais crítica em relação a Israel.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, alertaram Israel para o seu crescente "isolamento diplomático".
Wadephul sublinhou que, face às "ameaças abertas de anexação" da Cisjordânia, um número crescente de países europeus está pronto a reconhecer o Estado palestiniano. A Suécia foi mais longe, exigindo que a União Europeia suspenda "o mais rápido possível" a parte comercial do acordo de associação com Israel, de forma a intensificar a "pressão económica".
Numa medida ainda mais forte, os Países Baixos declararam os ministros ultranacionalistas Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich como 'persona non grata', acusando-os de incitar à violência dos colonos e de defenderem a "limpeza étnica em Gaza".
Em resposta, o ministro israelita Gideon Saar convocou a embaixadora holandesa para uma "repreensão formal".
A França também endureceu o tom, classificando a violência dos colonos como "terrorismo".
Esta concertação de ações diplomáticas, que inclui ainda a preparação de uma visita conjunta dos chefes da diplomacia de Berlim, Paris e Londres a Israel, demonstra uma tentativa europeia de pressionar o governo de Netanyahu a alterar o seu rumo.