A morte recente do fotojornalista Ibrahim Hajjaj num ataque aéreo israelita voltou a colocar em evidência os perigos extremos enfrentados pelos profissionais da comunicação social no enclave. O Sindicato dos Jornalistas Palestinianos anunciou que o número de profissionais de comunicação mortos em Gaza desde outubro de 2023 ascende a 232, após a morte de Ibrahim Hajjaj, um fotojornalista independente de 35 anos, vítima de um ataque aéreo israelita. A organização condena o que classifica como uma "política deliberada e sistemática de execuções no terreno", com o objetivo de "silenciar a voz da verdade palestiniana e intimidar os profissionais da comunicação social". A situação é agravada pelo facto de os jornalistas locais serem os "únicos narradores da ofensiva israelita", uma vez que o governo de Benjamin Netanyahu vetou a entrada da imprensa internacional no enclave desde o início do conflito. A relatora da ONU, Francesca Albanese, também condenou os ataques a jornalistas.
A morte destes profissionais sublinha os riscos imensos que enfrentam para documentar uma guerra que já causou mais de 60 mil mortos e uma devastação generalizada.
A sua mensagem, como afirmou o sindicato sobre Hajjaj, "continuará viva", mas a perda contínua de vidas de jornalistas representa um ataque direto à liberdade de imprensa e ao direito à informação.