O documento reafirma o apoio "inabalável" a uma Palestina independente e desmilitarizada, coexistindo pacificamente com Israel.
A Conferência Internacional para a Solução de Dois Estados, promovida pela França e Arábia Saudita na sede da ONU, terminou com a "Declaração de Nova Iorque", um documento que estabelece um plano por fases para alcançar a paz. A declaração foi subscrita por 15 países, entre eles Portugal, França, Espanha, Canadá e Austrália, que expressaram a sua "vontade ou a consideração positiva" de reconhecer o Estado da Palestina como um "passo essencial".
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, considerou o momento um "ponto de viragem", elogiando os compromissos assumidos pela Autoridade Palestiniana, como a condenação do terrorismo e o apelo ao desarmamento do Hamas.
A conferência foi, no entanto, boicotada por Israel e pelos Estados Unidos, evidenciando a profunda divisão sobre o tema.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, voltou a apelar à solução de dois Estados, questionando: "Qual é a alternativa?".
A Santa Sé também reafirmou que esta é a "única via viável e justa para uma paz duradoura".
Apesar do boicote, a declaração conjunta representa um esforço diplomático significativo para isolar posições extremas e construir um consenso internacional em torno de uma solução negociada.