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Mundo August 1, 2025

Portugal pondera reconhecimento do Estado da Palestina em setembro

O Governo português anunciou a intenção de auscultar o Presidente da República e os partidos sobre o eventual reconhecimento do Estado da Palestina em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

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Esta ponderação surge num contexto de crescente pressão internacional e de uma declaração conjunta assinada por vários países. A decisão de Portugal de considerar o reconhecimento do Estado palestiniano marca um ponto de viragem diplomático, alinhando o país com um movimento crescente na Europa, que inclui França, Espanha e Irlanda.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o objetivo é seguir um "percurso paulatino, seguro, consistente" para alcançar a paz, e não apenas obter uma "medalha".

A iniciativa foi formalizada numa declaração conjunta assinada por 15 países, que estabelece condições para o reconhecimento, como a desmilitarização do Hamas, a libertação de reféns e a realização de eleições.

A potencial decisão gerou reações diametralmente opostas.

A embaixadora da Palestina em Lisboa, Rawan Suleiman, considerou o passo "importante e corajoso", uma transição "da fase das declarações para as ações".

Em contraste, o embaixador de Israel em Portugal, Oren Rozenblat, classificou a medida como um "prémio para o terrorismo".

O debate interno reflete esta divisão: o PS e os partidos à sua esquerda consideram a decisão "tardia", enquanto o Chega defende que a posição deve ser consensual a nível europeu.

Candidatos presidenciais como Luís Marques Mendes veem a decisão como "inevitável", focando-se na urgência de resolver a crise humanitária.

A diplomacia portuguesa encontra-se, assim, num momento decisivo, equilibrando a pressão internacional e as complexas dinâmicas internas e externas do conflito.

ai briefingEm resumo
A intenção de Portugal de reconhecer o Estado da Palestina reflete uma mudança na diplomacia europeia face ao conflito, gerando um intenso debate interno e reações opostas de Israel e da Palestina. A decisão final, prevista para setembro, dependerá de consultas políticas e do cumprimento de condições pela Autoridade Palestiniana, marcando um momento crucial para a política externa portuguesa.

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