Estas movimentações diplomáticas sinalizam uma crescente impaciência na Europa com a condução da guerra.
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, afirmou que a recente conferência da ONU demonstrou que "Israel está cada vez mais numa posição minoritária".
Wadephul sublinhou que as ameaças de anexação estão a levar mais países europeus a considerar o reconhecimento do Estado palestiniano, mesmo sem um processo de negociação prévio.
De forma semelhante, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, transmitiu a Netanyahu, numa conversa telefónica, que a situação em Gaza se tornou "insustentável e injustificável".
Ambos os líderes europeus instaram Israel a garantir o acesso "pleno e irrestrito" da ajuda humanitária ao enclave.
Wadephul, que se deslocou a Telavive e Ramallah, reforçou que "só por transporte terrestre é que os mantimentos humanitários chegarão à população em quantidades suficientes".
A Alemanha, apesar de ser um apoiante histórico de Israel, tem vindo a condenar cada vez mais a situação na Cisjordânia e em Gaza, refletindo a pressão interna e a preocupação com as violações do direito humanitário.