EUA e Israel desenvolvem plano para o fim da guerra, mas Hamas acusa-os de "encenação"
O enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, revelou estar a trabalhar num "plano muito, muito bom" com o governo israelita para o fim da guerra, uma iniciativa que gerou reações de ceticismo e acusação por parte do Hamas. Num encontro com familiares de reféns israelitas em Telavive, Steve Witkoff, enviado do presidente Donald Trump, assegurou que existe um plano conjunto com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para a reconstrução de Gaza, o que significaria "o fim da guerra". Esta ofensiva diplomática incluiu uma visita de mais de cinco horas de Witkoff a Gaza para avaliar a situação humanitária e "desenvolver um plano para entregar alimentos e ajuda médica".
No entanto, o Hamas e a Jihad Islâmica rejeitaram veementemente a iniciativa norte-americana.
O Hamas classificou a visita de Witkoff como uma "encenação premeditada", concebida para "enganar a opinião pública", "limpar a imagem da ocupação" e fornecer cobertura mediática para a continuação das ações militares israelitas.
O movimento islamista reafirmou que não se desarmará enquanto não for estabelecido um "Estado palestiniano independente e totalmente soberano, tendo Jerusalém como sua capital", contrariando diretamente alegações de que o grupo teria mostrado vontade de se desarmar.
A profunda desconfiança entre as partes evidencia as dificuldades em qualquer processo de paz, com o Hamas a ver a intervenção dos EUA como uma manobra para legitimar a posição israelita em vez de uma mediação imparcial.
Em resumoO esforço diplomático dos EUA, embora ofereça esperança às famílias dos reféns, enfrenta uma forte oposição do Hamas, que o considera uma manobra enganadora. Esta desconfiança profunda complica qualquer iniciativa de paz e sublinha as visões irreconciliáveis para o futuro da região.
Artigos
5