Em resposta, o Hamas impôs condições para permitir o acesso humanitário aos cativos, ligando a sua alimentação ao fim do bloqueio em Gaza.
A estratégia de pressão psicológica atingiu um novo patamar com a publicação de imagens dos reféns Evyatar David e Rom Braslavski, ambos de 24 anos, visivelmente emagrecidos.
No vídeo de David, este afirma não comer "há alguns dias" e é mostrado a cavar o que teme ser a sua própria sepultura, uma cena que chocou Israel e o mundo.
A reação internacional foi imediata e veemente.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou a "crueldade abjeta" do Hamas, enquanto a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, descreveu as imagens como "aterradoras".
O MNE português, Paulo Rangel, condenou a "manipulação cruel do sofrimento".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou-se "chocado" com os "vídeos de horror", comparando as ações do Hamas aos "crimes nazis" e pedindo à Cruz Vermelha para fornecer alimentos e assistência médica aos reféns. Em resposta, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, declararam estar dispostas a aceitar o pedido da Cruz Vermelha, mas impuseram como condição a abertura "normal e permanente de corredores humanitários para a passagem de alimentos e medicamentos para todo o nosso povo em todas as zonas da Faixa de Gaza". Israel levou a questão ao mais alto nível diplomático, convocando uma sessão especial do Conselho de Segurança da ONU para debater a situação dos reféns.