O grupo, denominado Comandantes pela Segurança de Israel (CIS), inclui figuras de enorme peso, como três ex-chefes da Mossad, cinco ex-líderes do Shin Bet e três ex-chefes do Estado-Maior, entre eles o antigo primeiro-ministro Ehud Barak.
A sua principal mensagem é que a guerra "deixou de ser uma guerra justa". Argumentam que os objetivos militares que podiam ser alcançados pela força já foram atingidos e que o Hamas "já não representa uma ameaça estratégica para Israel".
A continuação da ofensiva, segundo os signatários, serve apenas para acumular perdas.
Tamir Pardo, antigo diretor da Mossad, foi contundente: "Estamos perante o abismo da derrota.
Escondemo-nos atrás da nossa própria mentira, e essa mentira está a ser vendida ao povo de Israel e ao mundo inteiro".
A carta acusa o governo de ser "messiânico" e de levar o país por um "caminho irracional".
O apelo direto a Donald Trump justifica-se pela crença de que o presidente americano é o único com "credibilidade junto da maioria dos israelitas" para conseguir "pressionar o primeiro-ministro e o seu Governo na direção certa".
A iniciativa defende um cessar-fogo imediato e permanente, a libertação de todos os reféns através de um acordo e a formação de uma coligação regional para apoiar a Autoridade Palestiniana como alternativa ao Hamas.