Apelou à unidade nacional para continuar a luta, enaltecendo os "sucessos históricos muito importantes" alcançados até ao momento.

No entanto, esta posição firme é cada vez mais contestada.

A comentadora Sónia Sénica afirmou que Israel "já há muito extravasou aquilo que poderia ser considerada uma resposta adequada ao ataque terrorista de 7 de outubro", enquanto o major-general Agostinho Costa sugeriu que "se Netanyahu estivesse verdadeiramente preocupado com os reféns já se tinha movimentado no sentido da sua libertação".

A linha dura do governo é reforçada por figuras da extrema-direita, como o ministro da Segurança, Itamar Ben-Gvir, que defendeu abertamente a anexação total de Gaza e o incentivo à "emigração voluntária" dos seus habitantes. A ofensiva militar, que recomeçou a 18 de março após um cessar-fogo de dois meses, resultou na tomada de vastas áreas do território e na destruição de quase todas as infraestruturas, provocando a deslocação de centenas de milhares de pessoas e uma crise humanitária severa.