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Mundo August 4, 2025

Portugal Pondera Reconhecimento do Estado da Palestina, Gerando Reações Opostas

O Governo português anunciou que está a ponderar o reconhecimento do Estado da Palestina, uma decisão que poderá ser formalizada em setembro, durante a Assembleia Geral da ONU.

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Esta movimentação diplomática, alinhada com outros países europeus, gerou reações fortes e opostas por parte dos representantes de Israel e da Palestina em Lisboa. A possibilidade de Portugal se juntar aos 142 países que já reconhecem o Estado palestiniano foi recebida com entusiasmo pela embaixadora da Palestina, Rawan Suleiman, que considerou a iniciativa "muito importante e corajosa" e parte de um "consenso global".

Segundo a diplomata, esta ação representa uma passagem "da fase das declarações para as ações", pressionando Israel a cessar a agressão e a permitir um horizonte político para a paz.

A central sindical UGT também manifestou o seu apoio, exigindo o reconhecimento imediato.

Em contrapartida, o embaixador de Israel em Portugal, Oren Rozenblat, condenou veementemente a intenção do governo luso, classificando-a como um "erro" e um "prémio para o terrorismo".

O diplomata argumentou que tal ato legitimaria o Hamas.

A decisão portuguesa surge na sequência de anúncios semelhantes por parte de França, Reino Unido e Canadá, indicando uma mudança na postura de vários países ocidentais. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, esclareceu que o reconhecimento só acontecerá de forma concertada com outros países e mediante o cumprimento de certas condições e garantias por parte da Autoridade Palestiniana.

O debate em Portugal reflete a complexidade da questão, com comentadores a questionarem o interesse nacional na decisão e se esta poderia prolongar a guerra, com alguns a sugerirem que o Hamas se sentiu "empoderado" por estes anúncios.

ai briefingEm resumo
A ponderação de Portugal em reconhecer o Estado da Palestina marca um ponto de viragem na sua política externa para o Médio Oriente, alinhando-se com uma tendência crescente no Ocidente. A decisão, no entanto, é controversa, sendo vista como um passo crucial para a paz por uns e como uma legitimação do terrorismo por outros, evidenciando a profunda divisão em torno do conflito israelo-palestiniano.

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