A visita, no entanto, foi recebida com ceticismo pelo Hamas, que a classificou como uma "encenação premeditada".
Durante a sua deslocação, Witkoff passou mais de cinco horas em Gaza, inspecionando pontos de distribuição de alimentos da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), uma entidade apoiada pelos EUA. O objetivo, segundo o próprio, foi "proporcionar ao Presidente Donald Trump uma compreensão clara da situação humanitária e desenvolver um plano para entregar alimentos e ajuda médica aos residentes de Gaza".
Em Telavive, o enviado reuniu-se com familiares dos reféns israelitas, a quem garantiu estar a trabalhar com o governo de Netanyahu num "plano muito, muito bom" para terminar a guerra e reconstruir o enclave. A visita de Witkoff ocorre num momento em que a pressão sobre Israel aumenta, com um grupo de mais de 500 ex-responsáveis de segurança a apelar diretamente a Trump para que intervenha. O Hamas, por sua vez, rejeitou a iniciativa, acusando Witkoff de tentar "embelezar a ocupação" e "enganar a opinião pública".
O movimento islamita reafirmou que não se desarmará até ao estabelecimento de um Estado palestiniano independente com capital em Jerusalém. A visita do enviado americano foi também marcada pela violência, com testemunhas palestinianas a relatarem que tropas israelitas mataram três pessoas perto de um centro de ajuda durante a sua presença no local.