Esta decisão reflete a crescente tensão entre as duas potências regionais e as suas repercussões, incluindo ataques a instalações nucleares iranianas e uma grave crise interna no Irão.
A nova organização de defesa, que será chefiada pelo presidente Masoud Pezeshkian, foi aprovada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e integrará comandantes das forças armadas e ministérios relevantes. O seu objetivo é analisar planos de defesa e reforçar as capacidades militares de forma centralizada. O anúncio surge após o que os artigos descrevem como uma guerra de 12 dias, iniciada por Israel a 13 de junho com o apoio dos EUA. Durante o conflito, foram visadas instalações militares e nucleares iranianas, incluindo os locais de enriquecimento de urânio em Fordo, Isfahan e Natanz. As autoridades iranianas reportaram mais de mil mortos durante os confrontos.
O Irão retaliou com mísseis e drones contra Israel.
A situação interna no Irão é descrita como crítica, com a capital, Teerão, a enfrentar o risco de ficar sem água nas próximas semanas e falhas de eletricidade em todo o país.
A tensão regional reflete-se na diplomacia, com o Paquistão a condenar o ataque israelita às instalações nucleares iranianas, num gesto de solidariedade. O conflito também se insere num contexto geopolítico mais vasto, com os EUA a tentarem restringir as vendas de petróleo do Irão, uma fonte de receita fundamental para o seu orçamento militar e para o apoio a grupos armados no Médio Oriente.