Segundo a ONU, uma em cada três pessoas em Gaza passa vários dias sem comer, e a totalidade da população enfrenta níveis de fome de emergência ou piores. O Ministério da Saúde de Gaza reportou que, desde o início do conflito, pelo menos 180 pessoas, incluindo 93 crianças, morreram de fome e desnutrição. Num único dia, a 3 de agosto, cinco adultos morreram pelas mesmas causas.
A situação é tão extrema que os preços de alimentos básicos dispararam, com um quilo de açúcar a custar o equivalente a 173 euros.
A crise é exacerbada por ataques deliberados a civis que procuram ajuda.
A 3 de agosto, pelo menos 23 palestinianos foram mortos perto de locais de distribuição de alimentos, com testemunhas a relatarem que as forças israelitas abriram “fogo indiscriminado”.
O historiador israelita Ilan Pappé descreve a situação como um “genocídio”, afirmando que o extermínio em massa é o passo seguinte quando a “expulsão já não funciona”.
As imagens de crianças e reféns em estado de subnutrição severa chocaram o mundo, levando o diretor executivo da UNICEF a afirmar que “as crianças morrem a um ritmo sem precedentes”.