As imagens, descritas como “aterradoras”, são vistas como uma ferramenta de guerra psicológica para forçar Israel a ceder às exigências do grupo islamita.
Nos vídeos, os reféns Evyatar David e Rom Braslavski surgem visivelmente magros e debilitados.
Num dos momentos mais chocantes, David afirma estar a “cavar a própria sepultura” e que não come “há alguns dias”.
As imagens são intercaladas com as de crianças subnutridas em Gaza, sob o lema “Eles comem o que nós comemos”, numa tentativa de ligar o sofrimento dos reféns à crise humanitária no enclave.
A reação internacional foi imediata e de forte condenação.
O presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou a “crueldade abjeta” do Hamas, enquanto a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, classificou as imagens como “aterradoras”.
O governo português, através do MNE, exigiu a libertação “já e sem condições”, descrevendo a “manipulação cruel do sofrimento” como “terrorismo extremo”.
Benjamin Netanyahu declarou-se “chocado” com os “vídeos de horror”, comparando as ações do Hamas a “crimes nazis” e apelou à Cruz Vermelha para fornecer alimentos e assistência médica aos cativos. Em resposta, o Hamas impôs como condição a abertura de “corredores humanitários permanentes” para toda a Faixa de Gaza. As famílias dos reféns, desesperadas, acusam o governo israelita de inação e mentiras, afirmando que “a pressão militar não trará os reféns de volta”.