Estas movimentações refletem um isolamento cada vez maior de Telavive no cenário global.

Numa iniciativa sem precedentes, cerca de 600 antigos oficiais de segurança israelitas, incluindo ex-chefes da Mossad como Tamir Pardo e do Shin Bet como Ami Ayalon, assinaram uma carta dirigida ao presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo-lhe que pressione Netanyahu para terminar o conflito. No documento, afirmam que a guerra “deixou de ser uma guerra justa” e que Israel está “à beira do precipício da derrota”. Tamir Pardo foi mais longe, declarando que “o que o mundo vê hoje em Gaza é criação nossa”.

Simultaneamente, no Parlamento Europeu, 40 eurodeputados de quatro grupos políticos, incluindo os socialistas portugueses Marta Temido e Bruno Gonçalves, instaram Bruxelas a suspender as relações comerciais com Israel em resposta às “constantes violações do direito internacional”.

A carta apela ainda a um “cessar-fogo imediato” e à aplicação da solução de dois Estados.

A diplomacia norte-americana também se move, com o enviado especial Steve Witkoff a reunir-se com famílias de reféns em Telavive e a visitar Gaza, afirmando que está a trabalhar num “plano muito, muito bom” para acabar com a guerra e reconstruir o enclave.