Estas ações, travadas pelo Supremo Tribunal, expõem as profundas divisões e o desafio ao Estado de direito em Israel. O Conselho de Ministros israelita aprovou por unanimidade a demissão da procuradora-geral, uma medida que foi imediatamente suspensa pelo Supremo Tribunal de Justiça através de uma medida provisória, após recursos urgentes da oposição e de ONG.
Gali Baharav-Miara, nomeada pelo governo anterior, tem tido vários confrontos com o executivo de Netanyahu, denunciando irregularidades e atuando como um contrapeso ao poder.
A sua potencial demissão é vista como uma tentativa de afastar a principal responsável pela acusação de corrupção contra o primeiro-ministro.
A tensão política é exacerbada por ações de membros da extrema-direita do governo. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, visitou o Monte do Templo, um local sagrado para os muçulmanos, onde rezou e apelou à “ocupação total da Faixa de Gaza”.
A Jordânia classificou a visita como uma “provocação inaceitável” e uma “flagrante violação ao direito internacional”, dado que viola o acordo de décadas que rege o acesso ao local.
Estes eventos demonstram a fragilidade das instituições democráticas israelitas e a crescente influência de forças radicais no governo.