Esta mudança de postura é vista como um passo crucial para uma solução de dois Estados, mas enfrenta a oposição de Israel e dos EUA.
O governo português anunciou que irá ouvir o Presidente da República e os partidos sobre o possível reconhecimento, que poderá ocorrer em setembro, no âmbito de uma concertação com outros países. A embaixadora da Palestina em Portugal, Rawan Sulaiman, saudou a iniciativa, afirmando que o reconhecimento é “um não ao assassínio, ao genocídio, à ocupação”.
O presidente francês, Emmanuel Macron, também confirmou a intenção de reconhecer o Estado palestiniano, uma decisão que foi congratulada pelo seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.
No entanto, este avanço diplomático gerou reações complexas.
O Hamas endureceu a sua posição negocial após os anúncios, levando a preocupações de que o reconhecimento, em vez de promover a paz, possa prolongar o conflito. Israel e os Estados Unidos reagiram com “indignação” à perspetiva de reconhecimento por parte de aliados como França, Canadá e Reino Unido.
A questão permanece controversa, com analistas a debaterem se a medida legitima o Hamas ou se, pelo contrário, fortalece a Autoridade Palestiniana e a via para uma solução política duradoura.