O número de mortos no território já ultrapassou os 61.000, segundo as autoridades locais.
A crise de subnutrição é particularmente grave, com o registo de pelo menos 180 mortes por esta causa, das quais 93 são crianças. No domingo, foram reportadas mais cinco mortes de adultos por “fome e desnutrição”. A situação é descrita como “desesperante” por um psicólogo português dos Médicos Sem Fronteiras no terreno, Raúl Manarte, que afirma: “Hoje vão morrer mais crianças, amanhã vão morrer mais e depois mais”.
A ajuda que chega é escassa e perigosa de obter. Num incidente trágico, um camião com ajuda humanitária capotou sobre uma multidão, matando vinte pessoas que procuravam comida.
A ajuda lançada por via aérea, por países como a Bélgica e o Canadá, é considerada pela ONU “cara, ineficaz e insuficiente”, com as agências a estimarem serem necessários pelo menos 600 camiões por dia, um número muito superior aos cerca de 200 que têm entrado.
Imagens de satélite confirmam a devastação, mostrando que 70% das estruturas em Gaza foram destruídas ou danificadas, e Israel é acusado de impedir a entrada de jornalistas para uma cobertura independente.