O Conselho de Segurança da ONU reuniu-se de emergência, por iniciativa de Israel, para debater a situação dos reféns, mas a sessão também serviu para os membros apelarem a Israel para que “ponha fim à catástrofe humanitária” no enclave.

O subsecretário-geral da ONU, Miroslav Jenca, alertou que uma expansão das operações militares em Gaza teria “consequências catastróficas”.

Na Europa, a insatisfação é crescente.

Um grupo de 40 eurodeputados de quatro grupos políticos, incluindo socialistas portugueses como Marta Temido, instou Bruxelas a suspender as relações comerciais com Israel em resposta às “constantes violações do direito internacional”.

A carta enviada aos líderes da UE apela ainda a um cessar-fogo imediato e à aplicação da solução de dois Estados. Um antigo embaixador da UE na Palestina advertiu que a “aplicação inconsistente do direito internacional” por parte da Europa está a prejudicar a sua credibilidade junto do Sul Global.

A posição dos Estados Unidos, por outro lado, permanece mais cautelosa.

O Presidente Donald Trump remeteu para Israel a decisão sobre a ocupação total de Gaza, afirmando que a sua principal preocupação é a situação humanitária e o fornecimento de alimentos à população palestiniana.

Esta postura reflete a complexidade do equilíbrio diplomático que Washington tenta manter, apoiando o seu aliado enquanto enfrenta críticas globais pela crise humanitária.