Este incidente ocorre num momento politicamente sensível para o Líbano.
O Conselho de Ministros libanês encarregou o exército de preparar um plano para garantir o monopólio estatal das armas até ao final do ano, uma medida que visa diretamente o poderoso arsenal do Hezbollah.
Esta discussão interna é impulsionada por uma proposta dos Estados Unidos para o desarmamento do grupo xiita.
No entanto, o Hezbollah rejeita veementemente qualquer calendário para depor as armas enquanto Israel continuar os seus ataques e a ocupação de território libanês.
O líder do movimento, Naim Qassem, declarou que “nenhum calendário que se supõe ser implementado sob o fogo da agressão israelita pode ser aceite”. Qassem revelou detalhes da proposta norte-americana, que previa a entrega de armas “simples” em 30 dias, seguida da retirada israelita. O Hezbollah, que se considera um movimento de “resistência”, apela à “unidade nacional” contra a pressão de Washington e adverte que não aceitará ser “escravo de ninguém”.