Desde que assumiu o cargo em 2022, nomeada pelo governo anterior, Baharav-Miara tem tido vários confrontos com o atual executivo, denunciando alegadas irregularidades e atuando como um contrapeso ao poder governamental. O ministro da Justiça, Yariv Levin, justificou a demissão afirmando ser “impossível aceitar uma situação em que o Tribunal (Supremo) tenta impor ao Governo um conselheiro jurídico que é completamente político, em quem não se confia”.
A procuradora-geral, por sua vez, acusou o governo de tentar afastar a responsável pela acusação contra Netanyahu para “assegurar o resultado desejado”.
A oposição e várias organizações não-governamentais recorreram de imediato ao Supremo Tribunal, que emitiu uma medida provisória para travar a demissão, agendando uma análise dos recursos para dentro de 30 dias.
Este episódio é visto como mais um passo na tentativa da coligação de direita de enfraquecer a independência do sistema judicial, que em Israel, um país sem uma constituição escrita, desempenha um papel crucial na fiscalização do executivo.