Em declarações à imprensa internacional, Netanyahu afirmou que Israel “não anexará a Faixa de Gaza” e que, após o conflito, o poder poderá ser entregue a “forças árabes”.
No entanto, sublinhou a intenção de estabelecer um perímetro de segurança e controlar o território. “Não queremos manter [a Faixa de Gaza]. Queremos estabelecer um perímetro de segurança, mas não queremos governá-la”, declarou à Fox News.
O gabinete de segurança de Israel tem agendada uma reunião decisiva para discutir um plano militar faseado que prevê a ocupação total do enclave, uma operação que poderia durar entre quatro a cinco meses. A primeira fase envolveria a ocupação da Cidade de Gaza, forçando a transferência de centenas de milhares de habitantes para a já sobrelotada zona de Mawasi, no sul. A segunda fase visaria o controlo dos campos de refugiados no centro do território, onde se acredita estarem os reféns ainda vivos. Esta estratégia é impulsionada pelos setores mais radicais do governo, mas enfrenta a oposição do chefe do Estado-Maior do Exército, Eyal Zamir, e de outras altas patentes militares, que temem que a ocupação se torne um “buraco negro” para Israel, envolvendo uma prolongada guerra de guerrilha e colocando em risco a vida dos cerca de 20 reféns que se acredita estarem vivos.
A administração norte-americana afirmou que não se opõe ao plano, mas rejeita qualquer anexação.