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Mundo August 7, 2025

Netanyahu afasta anexação de Gaza mas planeia controlo e ocupação total

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, clarificou os seus planos para o futuro da Faixa de Gaza, afastando a anexação do território, mas insistindo na intenção de Israel manter o controlo e avançar para uma ocupação total do enclave palestiniano. Esta posição surge num momento de intenso debate interno sobre a expansão das operações militares, que enfrenta a relutância de parte da liderança do Exército.

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Em declarações à imprensa internacional, Netanyahu afirmou que Israel “não anexará a Faixa de Gaza” e que, após o conflito, o poder poderá ser entregue a “forças árabes”.

No entanto, sublinhou a intenção de estabelecer um perímetro de segurança e controlar o território. “Não queremos manter [a Faixa de Gaza]. Queremos estabelecer um perímetro de segurança, mas não queremos governá-la”, declarou à Fox News.

O gabinete de segurança de Israel tem agendada uma reunião decisiva para discutir um plano militar faseado que prevê a ocupação total do enclave, uma operação que poderia durar entre quatro a cinco meses. A primeira fase envolveria a ocupação da Cidade de Gaza, forçando a transferência de centenas de milhares de habitantes para a já sobrelotada zona de Mawasi, no sul. A segunda fase visaria o controlo dos campos de refugiados no centro do território, onde se acredita estarem os reféns ainda vivos. Esta estratégia é impulsionada pelos setores mais radicais do governo, mas enfrenta a oposição do chefe do Estado-Maior do Exército, Eyal Zamir, e de outras altas patentes militares, que temem que a ocupação se torne um “buraco negro” para Israel, envolvendo uma prolongada guerra de guerrilha e colocando em risco a vida dos cerca de 20 reféns que se acredita estarem vivos.

A administração norte-americana afirmou que não se opõe ao plano, mas rejeita qualquer anexação.

ai briefingEm resumo
Benjamin Netanyahu procura consolidar o controlo total sobre Gaza sem uma anexação formal, através de um plano de ocupação militar faseada. Esta estratégia gera fortes divisões internas, com a liderança militar a alertar para os riscos estratégicos e humanitários, enquanto o destino dos reféns permanece um ponto central de discórdia.

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