A organização sublinha que o bloqueio à ajuda constitui uma violação do direito internacional e está a criar uma crise de fome sem precedentes. Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança, o subsecretário-geral da ONU, Miroslav Jenca, declarou que a expansão das operações militares em Gaza poderia ter “consequências catastróficas”, reforçando que “o direito internacional é claro a este respeito: Gaza é e deve permanecer parte integrante de um futuro Estado palestiniano”. O alerta surge após notícias de que o governo de Netanyahu planeia uma ocupação total do enclave. Paralelamente, um grupo de duas dezenas de peritos da ONU, incluindo a relatora Francesca Albanese, exigiu que Israel restabeleça o acesso sem restrições a agências como a UNRWA e o OCHA para “evitar mais fome e sofrimento desumano”. A Humanitarian Country Team (HCT), que coordena mais de 200 ONG, também denunciou que as novas exigências israelitas, que obrigam à partilha de dados sensíveis de funcionários palestinianos, ameaçam paralisar as operações humanitárias, violando as obrigações de Israel sob o direito internacional. Em julho, Israel já terá rejeitado pedidos de 29 ONG para enviar ajuda, alegando falta de autorização no novo sistema.
