O Irão reafirmou o seu apoio ao Hezbollah, seu aliado, declarando que apoiará qualquer decisão que o grupo xiita tome em resposta ao plano de desarmamento proposto pelo governo libanês.
O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano declarou o apoio de Teerão à recusa do Hezbollah em depor as armas enquanto Israel continuar a violar o cessar-fogo e a ocupar território libanês. Esta posição surge num momento em que o governo do Líbano, sob pressão dos EUA, discute um plano para garantir o monopólio estatal das armas até ao final do ano.
O líder do Hezbollah, Naim Qassem, rejeitou qualquer calendário de desarmamento “sob o fogo da agressão israelita”. Este impasse reflete a complexa dinâmica do chamado “eixo da resistência”, que agrupa aliados iranianos como o Hezbollah, o Hamas e os Huthis do Iémen, em oposição a Israel.
A tensão foi exacerbada pela recente “guerra dos 12 dias” entre Israel e o Irão, em junho.
A nomeação de Ali Larijani, um conservador moderado, para chefe do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irão, é vista como um movimento estratégico num período de elevada instabilidade regional, marcado também pelo programa nuclear iraniano.