A decisão do executivo libanês, elogiada pela França como "corajosa", enfrenta a forte oposição do movimento xiita e do seu patrono, o Irão. O governo libanês aprovou uma proposta dos EUA que prevê a extensão da sua soberania a todo o território, o que implica o desarmamento do Hezbollah até ao final do ano. A medida surge no quadro do cessar-fogo mediado por Washington em novembro, que pôs fim a um ano de hostilidades entre o grupo e Israel. No entanto, o Hezbollah rejeitou a decisão, acusando o governo de cometer um "pecado grave" e de servir os interesses de Israel.
A situação é agravada pela contínua violência na fronteira.
Israel reivindicou a morte de um responsável da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) no Líbano e realizou novos ataques que causaram pelo menos seis mortos.
Beirute, por sua vez, acusou Teerão de "ingerência inaceitável" no seu apoio ao Hezbollah. A missão da ONU no Líbano (UNIFIL) aumentou as preocupações ao anunciar a descoberta de uma "extensa rede de túneis fortificados" no sul do país, contendo armamento pesado, o que evidencia a complexidade da situação de segurança na região.














