Ao mesmo tempo, a ANP posicionou-se como a única força política legítima para governar o enclave no pós-guerra, rejeitando qualquer alternativa proposta por Israel.

O governo palestiniano na Cisjordânia denunciou que o plano israelita representa "uma violação flagrante do direito humanitário e das resoluções de legitimidade internacional", alertando para a deslocação forçada de 800.000 palestinianos. A ANP anunciou que iniciou "contactos urgentes com os organismos internacionais competentes", incluindo o Conselho de Segurança da ONU, para solicitar medidas que travem os planos de Israel. Perante a intenção de Israel de estabelecer uma "administração civil alternativa" em Gaza, a ANP reafirmou a sua legitimidade, declarando que "a única maneira de pôr fim a esta tragédia e garantir a segurança e a estabilidade é permitir que a ANP, enquanto autoridade do Estado palestiniano, assuma plenamente as responsabilidades de governação e de segurança na Faixa de Gaza". O primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Mustafa, reforçou esta visão, afirmando a intenção de reconstruir Gaza e estabelecer um Estado, apesar de Israel usar "todos os meios ao seu dispor" para o impedir.